sábado, 7 de setembro de 2013

Intenção Geral do Santo Padre para o mês de setembro

Para que os homens e mulheres do nosso tempo, tantas vezes mergulhados num ritmo frenético de vida, redescubram o valor do silêncio e saibam escutar Deus e os irmãos.

A Intenção Geral deste mês pode parecer um pouco estranha, à primeira vista, mas de facto não é. E porquê? Porque no mundo de hoje há demasiado ruído, demasiadas palavras e muito pouco silêncio. Impõe-se, por isso, reencontrar os altos valores do silêncio, dalguns dos quais falaremos.
No silêncio, escutamos e conhecemos-nos melhor; nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com mais clareza o que queremos dizer e o que esperamos do outro, tornando assim possível uma relação humana mais plena.
Estabelecer tempos específicos para estar consigo mesmo e com os próprios pensamentos ajuda-nos aaprofundar o nosso mundo interior. É nestes momentos que atingimos o nosso eu mais profundo e vemos as coisas na sua verdadeira perspectiva.
A disposição de guardar silêncio implica a capacidade de controlar a língua e a tendência para falar. Como afirma o Livro do Eclesiastes, «há tempo para falar e tempo para calar». Afirma também o provérbio popular que «o silêncio é de ouro» e aquele outro que sublinha: «fala, só quando aquilo que disseres for mais importante que o silêncio».
Normalmente, temos mais tendência para falar que para escutar, mas na realidade a disposição para ouvir os outros é muito mais importante que aquilo que lhes possamos dizer. Isto acontece porque nos esquecemos que é muito mais aquilo que temos que aprender do que aquilo que temos que ensinar.
Se passamos a uma perspectiva cristã, o silêncio é ainda mais importante. Se Deus fala ao homem em silêncio, o homem deve descobrir igualmente no silêncio a possibilidade de falar com e de Deus. Quando queremos falar da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se inadequada e assim se abre espaço à contemplação. Desta contemplação nasce a força interior para a missão, para a necessidade imperiosa de comunicar, «de escutar a Deus e aos homens», como nos pede a Intenção deste mês. Rezemos para que seja assim, para que todos adquiramos uma maior capacidade de escuta.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Jornada de jejum e oração pela paz na Síria

No domingo passado, o Santo Padre convocou toda a Igreja para “uma jornada de jejum e oração pela paz na Síria, no Médio Oriente e no mundo inteiro”, a realizar no próximo dia 7 de setembro. Ele mesmo presidirá a uma vigília por esta intenção, na Praça de S. Pedro, das 19 às 23 horas.

O número das vítimas do conflito sírio, agravado pelo uso de armas químicas, é impressionante. A intervenção armada que se anuncia corre o risco de agravar a situação, provocando o caos em toda a região. A guerra não é solução para os problemas.

A causa da paz é demasiado importante para ficarmos indiferentes ao apelo do Santo Padre. Somos chamados a mobilizar o maior número de pessoas a favor da paz, a unirem-se a esta oração.

Na nossa diocese celebraremos uma vigília de oração no Santuário de Fátima, na capelinha das aparições, presidida pelo bispo diocesano, das 21 e 30h às 24 horas. Constará da normal recitação do terço com a procissão de velas, seguida da exposição e adoração do Santíssimo Sacramento com oração silenciosa, textos de meditação, cânticos e bênção final. A todos os diocesanos que tenham disponibilidade apelo a que estejam presentes nesta grande oração pela paz.

Convido também as paróquias, as comunidades religiosas e todos os grupos eclesiais a responderem a este apelo do Papa, da melhor forma que lhes for possível: organizando uma vigília de oração para a mesma hora, abrindo durante a tarde ou a noite de sábado as igrejas e capelas para possibilitar a oração pessoal ou de grupos, inserindo esta intenção na oração dos fiéis nas celebrações das missas de sábado e domingo (“Pela paz na Síria, no Médio Oriente e no mundo inteiro, por intercessão da Virgem Maria, Rainha da paz, oremos ao Senhor”).

“Que se eleve forte em toda a terra o grito da paz” (Papa Francisco).

Leiria, 4 de setembro de 2013.

† António Marto, Bispo de Leiria-Fátima