‘gostaria de falar sobre uma realidade muito bonita da nossa fé, ou seja, da «comunhão dos santos». O Catecismo da Igreja Católica recorda-nos que com esta expressão se entendem duas realidades: a comunhão com as coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas. Meditemos sobre o segundo significado: trata-se das verdades mais consoladoras da nossa fé, porque nos recorda que não estamos sozinhos, mas existe uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo. Uma comunhão que nasce da fé; com efeito, o termo «santos» refere-se àqueles que acreditam no Senhor Jesus e são incorporados nele na Igreja, mediante o Baptismo. (...) a comunhão dos santos vai além da vida terrena, vai além da morte e perdura para sempre. Esta união entre nós vai mais além e continua na outra vida; trata-se de uma união espiritual que deriva do Baptismo e não é interrompida pela morte mas, graças a Cristo ressuscitado, está destinada a encontrar a sua plenitude na vida eterna. Existe uma união profunda e indissolúvel entre quantos ainda são peregrinos neste mundo — entre nós — e aqueles que já ultrapassaram o limiar da morte para entrar na eternidade. Todos os baptizados da terra, as almas do Purgatório e todos os beatos que já se encontram no Paraíso formam uma única grande Família. Esta comunhão entre a terra e o Céu realiza-se especialmente na prece de intercessão. Estimados amigos, dispomos desta beleza! É uma nossa realidade, de todos, que nos faz irmãos, que nos acompanha no caminho da vida e que depois nos levará a encontrar-nos no Céu. Percorramos este caminho com confiança e alegria. O cristão deve ser alegre, com o júbilo de ter muitos irmãos baptizados que caminham com ele; animado pela ajuda dos irmãos e das irmãs que percorrem este mesmo caminho para ir ao Céu; e também com a ajuda dos irmãos e das irmãs que estão no Céu e intercedem por nós junto de Jesus. Em frente ao longo deste caminho com alegria!.’ Papa Francisco, 30out.2013