Para muitos, festa significa tão somente exterioridade, folguedo, diversão, quando não leviandade, excitação e ultrapassar o risco da moralidade. É um não pôr limites aos limites habituais (...) Mas a festa cristã é outra coisa. Etimologicamente, a palavra latina que lhe deu origem significa ritual, reactualização de um acontecimento passado e sua elevação à categoria de simbólico. Como tal, de exemplar. Ou de transformação do tempo prosaico em tempo salvífico, poético, cheio de sentido existencial. Por isso, cristãmente, a festa é a experiência dos acontecimentos nos quais Deus realiza e manifesta a salvação (...) Em nome do pluralismo e da tolerância para com os não crentes, caiu-se num tal laicismo cuja fundamental preocupação é evitar, ostensivamente, que nada de religioso apareça. Vejam-se, por exemplo, os cartazes com que se anunciam ou as iluminações noturnas. Enfim, festa «religiosa» sem santo e, muito mais, sem santidade…
D. Manuel Linda, in Arquidiocese de Braga
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